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É possível evitar tragédias?


Neste mês, uma trágica notícia tomou conta dos noticiários: o desabamento de um prédio residencial em Fortaleza. Infelizmente, assim como esse, diversos outros desastres já ocorreram, e os motivos são, em geral, utilização de materiais de má qualidade, improvisação de soluções construtivas, contratação de mão de obra não qualificada ou construção de empreendimentos em áreas de riscos.

Também vivenciamos acidentes como incêndios causados por curto circuitos ou sobrecarga, explosões devido ao acúmulo de gás, uso de ferramentas impróprias e negligência às condições de segurança dos trabalhadores.

Como exemplos, enquadram-se nessas categorias o incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio Janeiro, gerado por mau dimensionamento e instalação precária dos aparelhos de ar condicionado, e ainda o incêndio na catedral de Notre Dame, resultado de um curto circuito ocorrido durante atividades de reparo estrutural. Também temos o caso da explosão em um apartamento em Curitiba, decorrente do uso de material altamente inflamável durante um processo de impermeabilização de sofás.

Afinal, situações como as citadas continuarão ocorrendo? Não seria possível evitar a maioria dessas tragédias? A resposta é SIM. E envolve um termo bastante comum: manutenção preventiva.

Fala-se muito sobre a importância da manutenção preventiva. No entanto, são poucas as pessoas que realmente se preocupam em manter suas instalações em perfeitas condições de uso. Por falta de verbas, má informação ou simplesmente desleixo, serviços necessários vão sendo deixados para trás, sucateando equipamentos, empresas e edificações.

O caminho da boa manutenção

1. O primeiro passo é catalogar os diferentes setores, sistemas e equipamentos da edificação. A partir dessas informações, será possível programar antecipadamente as manutenções.

2. Faça um levantamento das instalações que existem no prédio, levante seus detalhes, relacione as marcas dos equipamentos e características e, se tiver, faça o mesmo processo de catalogação do acervo com equipamentos reservas. É preciso também fazer a separação das ferramentas que possam ser utilizadas de acordo com os equipamentos.

3. Providencie uma agenda de planejamento para o ano todo, e anote as tarefas que devem ser realizadas diariamente, quinzenalmente, mensalmente, anualmente, etc. Faça uma programação da manutenção a curto, médio e longo prazos. Esta etapa é fundamental para lembrar de todas as atividades. É essencial planejar, especialmente as obras maiores. No caso de equipamentos, a manutenção preventiva irá reduzir a probabilidade de falhas ou a degradação do equipamento, garantindo o pleno funcionamento do equipamento, sem perdas de performance ou desgastes prematuros. Além disso, realizando um programa de manutenção preventiva bem definido, consegue-se prever o consumo de materiais. Nas empresas, por exemplo, será possível trabalhar com estoque reduzido, não sendo necessários equipamentos sobressalentes.

4. Prepare uma previsão orçamentária para as despesas com manutenção, leve sempre em consideração os gastos dos anos anteriores. É claro que imprevistos acontecem, portanto também é importante ter uma reserva de emergências para esses casos. Mas lembre-se: é apenas para emergências! Imagine, por exemplo, a parte elétrica. Trocar apenas um fio certamente sairá mais em conta do que substituir toda a fiação por causa de um curto-circuito.

5. Mantenha um registro dos serviços executados. É importante ter um arquivo que documente todas as informações sobre determinada obra ou reparo, como data, prazo para execução, custos, qualidade do serviço oferecido, etc. Essas informações serão úteis para que se possa visualizar os custos de manutenção de cada equipamento, ajustar a frequência das manutenções preventivas e avaliar o desempenho dos técnicos. Também será muito mais fácil planejar as próximas manutenções, otimizando o tempo de preparação.

6. Para serviços mais complexos, é importante verificar se todos os orçamentos irão cobrir os mesmos serviços e oferecer materiais de qualidade igual. Portanto, atente-se às propostas recebidas, deixe claro ao prestador do serviço a sua necessidade e certifique-se da qualidade dos materiais que serão utilizados. Na dúvida, sempre consulte um profissional especializado, que irá oferecer a melhor solução técnica alinhada ao melhor custo-benefício.

7. Contrate um profissional qualificado. Para a maioria dos serviços técnicos, há um grande leque de empresas e profissionais disponíveis, sendo difícil a escolha. É preciso levar em consideração diversos aspectos para optar por determinado fornecedor, dependendo da atividade a ser executada, como:

- A existência de um projeto ou técnica orientada pelas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

- A formação técnica dos prestadores de serviço

- A experiência da empresa e do profissional na função

- O uso e bom estado dos EPIs (equipamentos de proteção individual) utilizados

- A existência de supervisão em campo dos trabalhos realizados

- O registro da empresa e dos profissionais no respectivo conselho de classe (por exemplo, o CREA no caso de serviços de engenharia e manutenção)

- O fornecimento de garantia dos serviços prestados e emissão de nota fiscal.

8. Analise os resultados dos serviços realizados e otimize o planejamento. Dependendo do caso, pode ser necessário diminuir o tempo entre inspeções em um determinado ponto ou utilizar novas técnicas. Chegar a essas conclusões é possível a partir da análise e interpretação dos dados, de modo que haja otimização contínua da manutenção predial. Não deixe, portanto, de fazer um acompanhamento constante para que esse elemento seja sempre relevante.

Muitas vezes não nos atentamos a estes detalhes, no entanto, o barato pode sair caro! No geral, quando se contrata o famoso “quebra-galho”, faz-se a famosa manutenção paliativa (ou seja, “gambiarra”) que resolve o problema momentaneamente. No entanto, ao aceitar um serviço mal executado, será preciso um retrabalho num futuro próximo, gerando novos custos e aumento no tempo da reparação. Além disso, na ocorrência de um acidente, o contratante ainda pode ser penalizado e indiciado por imprudência e negligência.

Ficou interessado no assunto? Contate-nos para saber mais sobre rotinas de manutenção. Ficaremos satisfeitos em atendê-lo!


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